Livro sobre o ex-jogador Chico Duro prestes a sair do forno

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O jornalista Marcelo Machado, filho do craque valadarense, criou uma vaquinha para financiar os custos da produção do livro

Chico Duro está eternizado nos muros do Mamudão (foto: Hannah Chaves)

Chico Duro marcou sua história no futebol amador valadarense nas décadas de 50 e 60, quando atuou com as camisas do Ilusão, Pastoril e Democrata. Os momentos do futebol e da vida do ex-jogador viraram livro pelas mãos de seu filho, o jornalista Marcelo Machado. Uma vaquinha foi criada para financiar a produção do projeto – até a data da postagem da matéria, já tinha conseguido arrecadar 70,63 por cento do valor proposto. Orgulhoso da figura que é seu pai, Marcelo Machado conversou com o GV Esportes e falou um pouco sobre a concepção do livro.

O jornalista contou como surgiu a ideia de escrever um livro sobre o seu pai, destacando que as histórias de Chico Duro vão muito além do futebol. “Cresci ouvindo as histórias do meu pai, histórias que foram corroboradas por amigos e conhecidos, por pessoas que viram meu pai jogar, então entendi que ele não estava contando lorota. Percebi que elas mereciam crédito, fui vendo com o tempo que ele tinha sido um bom jogador de futebol no contexto da época; além de tudo, é um grande contador de histórias, envolvendo muitas personalidades, muitos nomes que valorizam algumas passagens do livro. Então, eu falo de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Garrincha, Pelé, Gonzaguinha, Dalva de Oliveira, entre outros nomes. Percebi que isso daria um caldo, além, claro, das histórias da infância em Governador Valadares; reunindo tudo isso, poderia render um livro interessante”, disse.

História com o rei do futebol. Pelé, também está registrado no livro (foto: arquivo pessoal Marcelo Machado)

Marcelo Machado explicou que o trabalho de pesquisa para resgatar algumas histórias foi uma tarefa bem complexa. “Tive dificuldade para confirmar algumas coisas e checar a veracidade. Fazer uma pesquisa é um processo muito trabalhoso, ainda mais quando se fala de memória de Governador Valadares, pois ficamos praticamente reféns dos arquivos do Diário do Rio Doce e de um ou outro livro. Na parte do futebol, nem tive tanta dificuldade, mas outras histórias deram mais trabalho para poder contextualizar a época. Pela cabeça de um senhor de mais de 75 anos, é difícil lembrar com exatidão os períodos e anos de alguns acontecimentos, mas, por sorte, fui investigando, achei o fio da meada e consegui confirmar o contexto de todas as histórias que foram contadas por ele e que coloquei no livro.”

A vaquinha para o financiamento do livro ainda está em andamento. Marcelo Machado assegura que, independentemente do valor arrecadado, a obra será lançada. “Essa vaquinha é fundamental, o custo não é baixo, mas independentemente de tudo, o lançamento está praticamente marcado para a 2ª quinzena de julho, em Governador Valadares. Atingindo ou não a meta, o livro será lançado, mas é claro que estou contando com os recursos que virão da vaquinha.”

O link para quem quiser contribuir para o projeto está aqui: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/chico-duro-o-livro. Marcelo Machado agradece aos que contribuíram e àqueles que ainda vão contribuir na vaquinha. Ele também destacou o patrocínio de uma empresa valadarense no projeto. “O apoio é algo muito importante, agradeço ao pessoal que já contribuiu para a vaquinha e os que ainda vão ajudar. Não posso deixar de citar o patrocínio da Confeitaria Vitória, uma grande empresa de Governador Valadares, a única da cidade que aderiu ao projeto. Isso está fazendo diferença. Empresas que participam e apoiam projetos culturais que resgatam a memória da cidade, precisam de valorização. Temos que divulgar, pois isso é importante e serve como estímulo para outras empresas fazerem o mesmo”, finalizou.

Marcelo Machado com o ex-jogador Luisinho e seu pai, Chico Duro (foto: arquivo pessoal Marcelo Machado)

Marcelo Machado é jornalista, especialista em comunicação empresarial e pós-graduando em marketing político, opinião pública e comportamento eleitoral pela UFMG. Já trabalhou por veículos como Globoesporte.com, LANCE!, Diário do Rio Doce, Rede Minas, A TARDE (BA), Hoje em Dia, entre outros. Com este livro, ele faz a estreia como escritor.

Release do livro
por Marcelo Machado

Chico Duro, a história de um craque valadarense

Não se trata da história de Pelé, Maradona ou qualquer outro astro internacional de futebol.
É a respeito de um desconhecido craque “famoso.” Pode isso? Pode…

Nacionalmente anônimo, Chico Duro marcou época no futebol dos anos 50/60 em Governador Valadares, participando de um feito estadual do Ilusão Esporte Clube e de célebres jogos por Pastoril e Democrata contra clubes como Atlético, Vasco, Fluminense e Bahia, entre outros.

“O Chico era melhor que Pelé”, exagera Vicente, um ex-companheiro dos tempos de Ilusão e Democrata. “Quem é Pelé?”, provoca Julio Tostes, outro fã do craque valadarense. “Jogava como o Ronaldo (Fenômeno)”, assegura Dorcelino, um pintor de paredes que não perdia um jogo sequer de Chico.

Chico, porém, disse não ao futebol. Recusou proposta do Bahia e do próprio Atlético. Antes, não topara fazer parte do juvenil do Cruzeiro. Isso após marcar um gol de bicicleta durante um treino avulso pela equipe, no Barro Preto.
Centroavante magro, rápido e habilidoso, com um drible longo, Francisco Oliveira Silva, o Chico ou Chico Duro, chutava tão bem com as duas pernas que era difícil cravar se era destro ou canhoto.

Compensava a estatura mediana (1,75m) com uma impulsão acima da média e uma precisão letal no cabeceio. Talvez porque executasse o fundamento à maneira Pelé, ou seja, com os olhos arregalados para enxergar o lance completo e ver a bola ganhar a rede.

Com 200 páginas, 32 capítulos e galeria de fotos, o livro, já concluído, traz a história de um homem comum do interior do Brasil. Trajetória esta que envolve nomes como Getúlio Vargas, JK, Garrincha, Pelé, Castilho, Procópio, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Gonzaguinha, Agnaldo Timóteo e outras personalidades.

A contextualização histórica garante à obra o papel de contribuir para a preservação da memória de Valadares e região, com um resgate de fatos que marcaram a economia, a política, o esporte e a cultura valadarense nos anos 40, 50 e 60.

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