Diretoria do Cruzeiro precisa aprender a lição com o sofrimento do quase rebaixamento no Brasileirão

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Cruzeiro garantiu permanência na Série A do Brasileirão com uma rodada de antecedência (foto: Staff Images/Cruzeiro)

Com o empate contra o Botafogo e a derrota do Bahia para o América na noite de ontem (4), o Cruzeiro conseguiu definitivamente a permanência na Série A do Brasileirão. Ainda bem que não precisou de uma vitória contra o virtual campeão Palmeiras na última rodada, pois se dependesse desse resultado, a situação ficaria complicadíssima. A diretoria do Cruzeiro precisa aprender a lição com o quase rebaixamento no Campeonato Brasileiro e não pode errar tanto como aconteceu nesta temporada.

Mesmo tendo todo o tempo possível para pensar o ano de 2023 depois de conseguir o acesso com muita antecedência na Série B do ano passado, a temporada do Cruzeiro foi terrível. Eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro jogando uma primeira fase horrorosa, eliminação na Copa do Brasil nas oitavas, lembrando que na fase anterior passou com muita dificuldade diante do Náutico, e um Campeonato Brasileiro sofrido com direito a roteiro de time rebaixado que não se concretizou. Pode até surgir uma vaga na Sul-Americana, projeção feita pela diretoria antes da competição, mas só de permanecer na primeira divisão já é lucro.

Grande parcela da culpa do ano muito ruim é da diretoria, por isso Ronaldo e seus amigos do “sapatênis” precisam reconhecer que falharam miseravelmente. Primeiro vamos lembrar a permanência do técnico Paulo Pezzolano, que já havia indicado não querer continuar em 2023. Pelo menos a transição entre a saída do treinador uruguaio e a chegada de Pepa foi bem feita. Teve também a contratação de jogadores medíocres, demissão do Pepa sem ter alguém para substituir, o que mostrou falta de convicção no trabalho, além do grande distanciamento da diretoria com o torcedor cruzeirense.

Os jogadores também tem sua parcela de culpa por conta das constantes falhas individuais que custaram pontos importantes no Brasileirão. O torcedor cruzeirense cansou de ver o time perder gols inacreditáveis, tanto que o ataque do Cruzeiro até o fim da penúltima rodada é o pior da competição, 34 gols em 37 jogos! Já defesa, por mais que cometesse suas falhas também, é a segunda menos vazada sofrendo apenas 31 gols.

E o que esperar para o ano de 2024 do Cruzeiro? A diretoria tem que fazer um melhor planejamento sendo mais assertiva na montagem do elenco e ter uma maior convicção no trabalho, lembrando que neste ano quatro técnicos comandaram o time na temporada. Da diretora de futebol, Paulo André e Pedro Martins poderiam sair, mas acho difícil isso acontecer. Então definir um técnico ainda este ano é fundamental. Depois disso vem a busca de jogadores com o aval do novo técnico.

O diretor de futebol Pedro Martins é um dos grandes responsáveis pela temporada ruim do Cruzeiro (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Claro que nenhuma contratação é certeza de dar certo, mas vou colocar aqui dois exemplos antagônicos desta temporada. Gilberto foi contratado para ser o centroavante e foi celebrado em sua chegada, mas foi um fiasco, enquanto Luciano Castán chegou desacreditado e foi o melhor zagueiro do time na temporada. É possível e necessário sim diminuir os erros, principalmente acabando com essa miséria de trazer jogadores na dita “oportunidade de mercado”. Com esse pensamento, o Cruzeiro trouxe por exemplo o Paulo Vitor dentre outros nomes que nada acrescentaram.

Acredito que o Cruzeiro precise reformular o elenco, inclusive se desfazendo de jogadores que foram titulares esse ano, seja qual for o investimento que tenha sido feito em alguns deles. Se eu fosse membro da diretoria responsável pela montagem do elenco, a primeira coisa que faria seria a liberação de Palácios, Gasolina, Neris, Oliveira, Machado, Jussa, Fernando Henrique, Vital, Nikão, Papagaio, Paulo Vitor, Rafael Bilu, Arthur Gomes e Wesley, mas infelizmente não acredito que alguns desses saiam mesmo.

Sobre chegada de novos jogadores, eu pensaria em nomes que foram titulares em seus times pelo menos nas duas últimas temporadas e que tenham bons números em suas determinadas posições. Por exemplo, centroavante com bom número de gols, atacante de beirada que tenham boa participação em gols, meias que se destacam pelo número de assistência e gols, etc. É certo a volta do zagueiro Zé Ivaldo que inclusive já está treinando.

Eu pensaria também em outro zagueiro, dois volantes típicos “camisa 5” sendo bom marcadores, mas que também sejam eficientes na saída de bola, dois centroavantes, um meia e um atacante de beirada, isso se Wesley e Arthur Gomes fossem negociados. Além de permanecer com a turma da base que subiu este ano e que possam ter mais chances de jogar.

O torcedor do Cruzeiro espera que a próxima temporada seja muito melhor do que a de 2023 que está próxima do fim. Ter uma temporada péssima novamente como foi a deste ano seria o o atestado de pura incompetência de quem trabalha no futebol do clube.

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