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Decifrar a mente de treinador não é fácil, quando ele é teimoso, turrão ou doido na concepção dos torcedores, fica ainda mais difícil
Essa é a vida do Mano Menezes, treinador do Cruzeiro expert em provocar ataque cardíaco, estresse e síndrome do pânico em nós torcedores, mas que prova a cada jogo do time que ele é tudo, menos bobo. Grande estrategista, sabe como poucos gerir bem o grupo de jogadores. Quando nada estava dando certo, o time apresentava problemas e alguns pediam o seu boné, ele agiu como a Raposa que ele defende. Surpreendeu, ousou na mudança do time e vem colhendo frutos, mostrando que enxerga o jogo e, principalmente, ouve a voz da arquibancada.
De uma situação desfavorável na Libertadores e no Campeonato Brasileiro, hoje o Cruzeiro é um virtual classificado para as oitavas da competição continental e briga na parte de cima da tabela do brasileirão. Tudo deve-se a mudança no meio, ataque e a postura do time. Na noite de quarta, 16 de maio, veio mais uma surpresa positiva ao arrebatamos o Atlético Paranaense na sua casa, Arena da Baixada, jogando de igual para igual e em alguns momentos da partida melhor que o anfitrião. mesmo saindo atrás do placar, marcamos na saída de bola do adversário, Egídio tendo liberdade para subir e fazer dobradinha com Rafinha, Dedé mostrando a segurança de sempre na zaga, Lucas Silva dominando o meio e Henrique nosso capitão sendo premiado com gol no dia do seu aniversário. Já no fim, Cruzeiro com direito a gol do menino Raniel no apagar das luzes, sacramentou a virada.
Mano Menezes teve que cortar na própria carne para ter o meio de campo ideal, seu homem de confiança teria que sair e entrar aquele que até então não vinha tendo oportunidades no time. Minas Arena informa, substituição no Cruzeiro, sai Ariel Cabral e entra Lucas Silva. Foi como soltar um animal preso, o cara entrou “comendo a grama”, o time ganhou mobilidade, lançamentos e passe diferenciado. Mano ainda surpreenderia. Minas Arena informa, substituição no Cruzeiro, sai Robinho e entra Rafinha, o time ganhou profundidade. Sassá no ataque foi a cereja do bolo.
Com a formação ideal encontrada e executada pelo treinador, o Maior de Minas conseguiu uma sequência de vitórias importantes, agora se prepara para jogar o Clássico contra o Atlético Mineiro, mas como cabeça de treinador é indecifrável não sabemos se com time titular ou reserva. Mano deve colocar um time forte em campo, mas poupando jogadores depois de partidas desgastantes e para o jogo que realmente importa, o duelo contra Racing na Toca 3.
Como diria Lucas Romero, “tudo nosso, nada deles”.
