Futebol de botão: uma paixão de adulto

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O publicitário Lui Macedo é um dos entusiastas do futebol de botão em Governador Valadares

Terraço da casa do publicitário Lui Macedo tem sido o palco dos jogos (foto: Fábio Velame/GV Esportes)

O futebol de botão foi para muitos adultos de hoje uma diversão na época da infância. O brasileiro Geraldo Cardoso Décourt é considerado o inventor da modalidade, iniciada na década de 1930. Foi reconhecida oficialmente como modalidade desportiva no Brasil em 29 de setembro de 1988, mas como o nome de Futebol de Mesa. Foi muito praticado em várias regiões do país entre as décadas de 1930 e 1990, com variações nas regras. Em Governador Valadares, o publicitário Lui Macedo pode ser considerado um dos maiores entusiastas da modalidade, onde abre as portas da sua casa para receber amigos para jogar.

Lui Macedo explicou como surgiu essa vontade de voltar a jogar botão. “Foram muitos anos sem jogar botão, eu chuto no mínimo uns 25 anos. Um dia estava procurando algumas coisas no quarto de dispensa na casa da minha mãe, achei uma caixinha com 19 times de botão, havia guardado e nem me lembrava mais. Quando abri a caixinha e vi os times, veio na memória momentos fantástico que vivi na minha infância jogando botão. Após achar os botões, fiz uma postagem no Facebook perguntando onde estavam os amigos que gostavam de jogar e as respostas foram positivas. No primeiro momento, recebi cinco pessoas em casa, onde começamos a jogar e relembrar os momentos de infância. Mesmo num mundo bem tecnológico, percebi que o encanto do futebol de botão ainda existia”, disse.

Pesquisando sobre o futebol de botão na internet, Lui Macedo descobriu que a modalidade no Brasil, atualmente tem sido praticada por adultos. “Hoje o futebol de botão no Brasil não é mais brincadeira de criança, maioria do público que joga hoje é adulto. Fiquei surpreso de uma maneira que me contagiou ainda mais, aumentando minha vontade de voltar a jogar. O futebol de botão ficou interessante não só para os que jogam, mas também para aqueles que sobrevivem com a arte do futebol de botão. Hoje encontramos vários blogs pessoais que fazem distintivos de times e seleções de acordo com o tamanho do botão, botões personalizados, além de produzir objetos do jogo, como travinhas e mesas. Desde então, já fiz dois campos para uso próprio e outro para um amigo. Temos feitos alguns encontros em minha casa para jogar, inclusive realizando torneios “, destacou.

Galera presente no último torneio realizado (foto: arquivo pessoal Fábio Velame)

O GV Esportes também teve seu representante na competição (foto: Tico Ribeiro) 

Gol do título marcado no último lance da final entre o Fluminense de Lui Macedo e o Corinthians de Fernando Duque (vídeo: Mateus Dantas)

Lui Macedo exibindo o troféu de campeão conquistado no torneio que aconteceu no feriado (foto: Tico Ribeiro)

Na última quinta-feira (31/05), o feriado de Corpus Christi teve mais um torneio na casa de Lui Macedo. Oito pessoas, das mais variadas formações participaram da competição: dois publicitários, um jornalista, um seminarista, um produtor cultural, um professor universitário, um bancário e um motoboy. Lui Macedo definiu o sentimento que tem sido voltar a jogar botão e receber as pessoas em seu terraço para jogar. “É uma sensação maravilhosa, ter amigos em volta da mesa jogando é nostálgico. O sentimento que fica é que amadurecemos sem deixar de gostar de coisas boas da nossa infância. Conversei com um primo meu de 52 anos e ele me lembrava que já participou de torneios na cidade onde as competições envolviam alunos de escolas particulares e municipais e eu fiquei imaginando como o jogo de botão movimentava a cidade. O desejo que tenho é que precisamos difundir a modalidade para a nossa cidade voltar a se envolver com o futebol de botão”, finalizou.

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