Eliminação do Brasil serve de lição para próximo ciclo da Copa do Mundo

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Brasil foi até melhor que a Croácia, mas vacilou no fim da prorrogação e acabou eliminado nos pênaltis

Pela quinta vez seguida o Brasil é eliminado por uma equipe europeia na Copa do Mundo (foto: Lucas Figueiredo/CBF)

A Croácia fez uma partida sólida na defesa e foi premiada com a classificação. Todos sabemos que a Seleção Brasileira domina com tranquilidade o futebol sul-americano, vencendo com frequência as Eliminatórias ou chegando praticamente em todas as finais da Copa América recentemente, mas em mundiais nosso time vem sofrendo contra seleções europeias de bom nível técnico, como foi hoje contra a Croácia.

O Brasil foi superior aos croatas em finalizações, nas chances reais de gols e por muito pouco não se classificou após um bom primeiro tempo de prorrogação, mas no futebol um erro é suficiente para o adversário crescer e ganhar moral. Aos 11 minutos da segunda etapa do tempo extra, inexplicavelmente o time se lançou ao ataque. A bola voltou a intermediária com Casemiro dividindo o lance com Modric, mas o volante brasileiro precipitou-se ao tentar recuar para a defesa, não fez a falta e possibilitou um contra golpe mortal croata que culminou no gol de empate, após chute de Petkovic desviado em Marquinhos. Uma ducha de água fria.

Tecnicamente Neymar fez seu melhor jogo na competição, participou bastante na distribuição das jogadas, e foram dele as duas finalizações mais claras de gol defendidas pelo goleiro Livakovic nos 90 minutos. Marcou um belo gol no tempo extra, após triangulação com Rodrygo e Paquetá, mas sequer pode bater o último pênalti, pois Rodrygo e Marquinhos perderam suas cobranças. Já os jogadores croatas eficientemente converteram todas as os pênaltis, vencendo a decisão por 4 a 2. Sim, o Brasil jogou melhor que a Croácia no tempo normal e prorrogação, mas perdeu várias chances de definir a partida, falhou quando não podia e depois fracassou nas cobranças de pênaltis.

Essa eliminação serve de lição para a CBF melhorar o nível de competitividade da nossa Seleção. De nada adianta dominar o fraco futebol do nosso continente, excetuando obviamente a Argentina, e não medirmos forças contra as principais seleções europeias. A velha desculpa do calendário europeu e excesso de amistosos caça-níqueis demonstram a incompetência dos nossos dirigentes.

Exemplo disso foi o recente amistoso preparatório disputado entre Argentina e Itália (seleção europeia eliminada da Copa, mas tecnicamente muito boa), enquanto o Brasil jogou contra as fracas seleções de Gana e Tunísia que não acrescentaram nada. Melhor para o Brasil seria enfrentar seleções do porte da eliminada Itália ou no mínimo intermediárias como Suécia, Noruega ou Turquia. Sem dúvida nossos vizinhos estão melhor preparados, pois testaram sua seleção contra um grande europeu.

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